segunda-feira, 1 de março de 2010

Cordel para o Banco do Brasil













Lucro sobe 43% no trimestre e Banco do Brasil retoma liderança do setor. SÃO PAULO - O Banco do Brasil fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 2,348 bilhões, um crescimento de 42,8% ante lucro de R$ 1,644 bilhão em igual período de 2008. No final de junho, a carteira de crédito do banco estatal somava R$ 252,485 bilhões, o que representa um avanço de 32,8% ante os R$ 190,082 bilhões de reais no final do primeiro semestre do ano passado.

FILAS INTERMINÁVEIS
















Meu amigo promotô
E o dotô juiz de Direito
Neste cordé aqui tô
Revidincano no meu jeito
Mais prestenção o sinhô
Qui vô xamá mais dotô
Incrusive o prefeito.

Eu cunvido e nun ingano
Da camara seu prezidente
Tomém os dereitos humano
Para se fazê presente
O delegado cum sua prezença
Pra fazê uma diligença
Todos naquele ambiente.

Cunvido as vossa siuria
Qui cumanda as lei na cidade
A fazê uma vizitinha
Eu pesso por caridade
Vai inté aquele banco
Eu lis pesso, sô franco
Isprico a finalidade:

Segundo as nossa lei
Qui foi feitia pra nóis aqui
Só qui ainda eu num sei
Quando é qui eles qué cumprí
A demora ta u’a vergonha
Uns minuto a gente sonha
Ficá neste banco daquí.

Só os ricão, os bom!
É qui no banco tem veiz
Será se os outros tudo
Num é do banco freguez?
Quando vô na fila dotô
Min da inté um pavô
De tanto cansaço qui já fez!

Óia aí inrriba dotô
Os lucro qui os banco tem
Eu pregunto pra o sinhô
E quero a resposta tomém
Ajunta ocêis da justiça
Cum coragi, sem priguiça
Óia pra nóis de Itanhém.

São pôcos os impregado
Qui tem pra nos serví
Eles num tem curpa coitiado!
Eu lis defendo daqui
Só qui tem uns camara lenta
Aqui pra nóis ninguém güenta
Ficá naquela fila dali.

Quando xega as vez infim
Qui argúem vem atendê
O azá incosta ni mim
Qui fico doidio de roê
Em vê a musga no célula
Tocano pra li xamá
Aumentano o meu sofrê.

E ali o papo róla
Qui os minuto vai passano
Pra mim ele num da bola
E pros lado fica oiano
Despois qui disliga o célula
Vai no banhero mijá
Parece inté pirraçano!

Na hora qui vão armuçá
Só fica um pra atendê
Eu viro um arapuá
Qui a raiva vem corroê
Somos umilhado dotô
Intão eu pesso o sinhô
Essas lei o sinhô revê.

Inventáro lá umas senha
Mais é só pra tapiá
Lá pra dento eles embrenha
Dizeno qui vai lanxá
Pur lá fica um tempão
Inquanto meu coração
Vai aumentano seu pulsá.

Se o sinhô fô lá um dia
O sinhô vai obiservá
Os cliente impé sem aligria
Sem nium lugá de sentá
Já estamo disgostozo
Cuns disrespeitio cum os idoso
Qui nun da nem pra contá.

São pocos os funcionários
Praquê essa economia?
Faiz dos cliente otários
Entra dia e sai dia
Os lucros deles aumentano
E ferro em nós só entrano
Quem tem vez é a burguezia.

Nun tem água pra tomá
Cafezin eu nem quiria
Nem banheiro pra mijá
Eu fico é numa agunia
Ali a fila num anda
A senha num atende a demanda
Pois um cliente é quase um dia.

Por num tê a concorrênça
É qui eles faz o qui qué
Num tê quem toma providença
Já tamos perdendo a fé
De varizes inté já ficô
As pernas já ta cum dô
De ficá tempos em pé.

Quando xega a mecanom
E Ivaildes cum os diêro
Aí então não fica bom
O atendimento num é ligêro
Pra atendê esses cliente
Vai muitio tempo qui a gente
Fica só no dizispêro.

Pur favô vossas excelença
Ou a quem de direito fô
Tamo é pidino clemença
Na revindicação pro sinhô
O que fazê já nun sei
Os banco num cumpre as lei
Faça arguma coisa dotô!

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