sábado, 6 de março de 2010

Mas cadê meu companheiro, cadê?















(Dedicado ao irmão Eloino)

“Mas cadê meu companheiro, cadê?
Que cantava aqui mais eu, cadê?
Na calçada no terreiro, cadê?
Cadê o companheiro meu, cadê?
Saiu pras lapas do mundo, cadê?
Lapa do mundão de Deus, cadê!”
(Elomar Figueira de Melo)

Agora eu fico a perguntar
Quem vai ser meu companheiro?
Quem vai cantar comigo
Quem vai ser meu conselheiro?

Hoje eu senti um vazio
E não achei você prá desabafar
As minhas angustias e tristezas
E muitas perguntas no ar
Que sem respostas passei o dia
Tentando conter a nostalgia
E meu consolo foi chorar.

Até senti um vento brando
No meu rosto a carinhar
Na mente veio à intuição
Será que veio me consolar?
Deu-me uma vontade danada
De querer cantar essa toada
E assim comecei a entoar.

E baixinho fui cantando
E com o coração palpitando
Cantei a música de Elomar
E quando eu estava cantando
Senti que também você
Estavas em lagrimas a conter
E na música me acompanhando.

“Mas cadê meu companheiro, cadê?
Que cantava aqui mais eu, cadê?
Na calçada no terreiro, cadê?
Cadê o companheiro meu! Cadê?
Saiu pras lapas do mundo, cadê?
Lapas do mundão de Deus, cadê?”

Quando esse vento brando
Aos meus ouvidos sussurrar
Saberei quem deu saudades
Das músicas de Elomar.
Aproveitarei esse momento
E entoarei com este vento
As músicas pra recordar.

Vou seguir a minha estrada
Com você no pensamento
Sentirei a sua presença
Quando sussurrar o vento
E quando eu quiser conversar
Numa estrela irei meditar
Pois lá estará eu sei no firmamento.

Airam Ribeiro 07/02/07

Várias vezes cantei músicas de Elomar com Eloino nas viagens que fazíamos juntos e a música que mais cantamos foi esta aí. Para mim ele foi um pai, um amigo e meu conselheiro, todas as lágrimas que eu derramar na saudade deste companheiro sei que ainda será pouca. Agradeço a Deus que me enviou para Itanhém para poder conhecer este grande homem e com ele conviver por 34 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário